Nosso objetivo

O Espaço BB tem como objetivo produzir conhecimento e aproximar seu público da criação.

Além de exposições individuais e coletivas o Espaço promove encontros com curadores, críticos, colecionadores e artistas convidados.

Com o desejo de servir como refletor o Espaço BB atua à frente dos artistas representados, trabalhando suas carreiras internacionalmente.

Ao mesmo tempo abriremos as portas do Espaço BB para artistas estrangeiros, incentivando intercâmbios e interseções, promovendo experiências estéticas e intensificando diálogos entre diferentes culturas.
Marcia Marschhausen
Arquiteta e Curadora

Desirée Monjardim

"Espaço BB
Coletivo, o artista não é mais solitário. Marcia Marschhausem foge à regra como curadora, mantendo desde 2017, vivo mais do que nunca seu Coletivo inaugurado na Fábrica Bhering e, hoje, no Shopping Cassino Atlântico.
Marschhausen pioneira chega ao ápice e dá sinais de sua importância. Chamei para perto, assino a curadoria de seu coletivo com o Bonde 21 aqui em Niterói, onde sou curadora.
Não se trata de seita ou lista, mas de espaço para quem não tem espaço.

Pela primeira vez, a Documenta de Kassel terá curadoria feita por um coletivo. Ruangrupa, formado por artistas da Indonésia, serão responsáveis pela 15ª edição do evento, de 18 de junho a 25 de setembro de 2022.
Pioneirismo e ápice de Marcia Marschhausen."
Desirée Monjardim
Curadora, gravadora e pintora

Isis Fernandes Braga

"Algumas reflexões sobre a Semana de Arte Moderna de 22. Quando Marcia Marschhausen me convidou para participar da exposição BB0NDE21 na Fábrica Bhering, eu aceitei com enorme alegria. Além disso fui convidada a dizer algo sobre a Semana de 22, cujos 100 anos acontecem este mês; eu encarei isto como um enorme desafio. O que falar sobre um assunto que já foi amplamente divulgado, estudado, dissecado e que está sendo motivo para conferências, lives e exposições? O que falar sem me tornar repetitiva? Como abordar este assunto de um ponto de vista diferente, inovador? Comecei por fazer uma pesquisa no Google. Tudo o que encontrei era óbvio e já falado. Eu me perguntei sobre a razão de uma elite sócio/cultural ter se movimentado para criar a Semana de 22, ocorrida no Teatro Municipal de São Paulo entre os dias 11 e 18 de fevereiro, em 1922. Muitos dentre eles, pertencendo a famílias abastadas, paulistas de 400 anos, haviam estudado na Europa e, forçosamente, fizeram comparações entre o panorama artístico brasileiro e o que eles estavam observando nos países de ultramar, onde o futurismo, o cubismo, dadaísmo, surrealismo e expressionismo, e outros ismos estavam surgindo. Entre nós imperava a arte acadêmica que, segundo o Professor Marcus Tadeu Daniel Ribeiro, da UFRJ, falou em sua live ontem, “era uma visão romântica, idealizada e épica da pintura”. O que os jovens intelectuais, artistas plásticos e músicos, escritores, e atores queriam era subverter a ordem estabelecida e chocar. E eles o conseguiram com apenas uma semana agitada, que também teve a participação de intelectuais cariocas, pessoas com outro olhar sobre arte. A repercussão dura até hoje, cem anos depois, e eles estabeleceram as bases para novas formas de se entender arte. E por isso eu creio que a atual exposição do Coletivo BB está inserida perfeitamente na modernidade desejada pelos visionários da Semana de Arte Moderna de 22, com sua heterogeneidade, seu colorido e seu atrevimento. Rio de Janeiro, 14 de fevereiro de 2022.
Isis Fernandes Braga
Dra. em Artes Visuais e Dra. em Ciências, pela UFRJ Membro da ABCA – Associação Brasileira de Críticos de Arte.

Jeannette Priolli

“ No Dic.com.br assim é para quem faz uma leitura rápida da palavra Coletivo; porém para a Marcia Marschhausen, o significado dessa palavra vai além, muito além – Coletivo, para ela, significa “Mãos Entrelaçadas“ – é acreditar/realizar que um exclusivo grupo de artistas, nos dias de hoje, possa se apoiar, trocar vivências e as informações necessárias em uma pequena clareira que está sendo aberta em Ipanema. A nossa Marcia vai reunir pessoas ao redor de uma chama, como há milênios os nossos antepassados faziam, para trocar experiências e ideias. Marcia, como curadora sensível que é, terá como meta que os seus artistas sejam vistos e ouvidos no coletivo e assim também individualmente , visando como resultado trabalhos que possam ser mostrados e divulgados com seriedade. Esse é um pequeno resumo do que a palavra Coletivo representa para a nossa Marcia ! “
Jeannette Priolli
Jeannette Priolli
Artista visual

Chico Cunha

“ Não é por acaso que o aparecimento de coletivos nas artes plásticas cariocas vem se dando com mais frequência de uns anos para cá. Esses grupos podem atuar, de certa forma, em uma espécie de borda do mercado e dos espaços tradicionais e instituições. A falta de políticas de incentivo, a necessidade de troca de experiências e o aumento da quantidade de produção local motivam os artistas a se unir para juntos legitimar sua obra, gerando uma visibilidade da mesma, já que o trabalho de arte se completa com o olhar do outro. Quando procurarmos o significado da palavra coletivo, encontramos a seguinte definição: “O que é capaz de abranger um grande número de pessoas e/ou coisas; o que pode pertencer a um grande número de pessoas”. No momento atual, toda ação que una pessoas, que divulgue a arte e que de alguma forma gere união e pensamento não só é necessária, como é muito bem-vinda. “
Chico Cunha